Anualmente, temos centenas de workshops, encontros e eventos em dança do ventre, e parece que eles estão aumentando cada vez mais. Acho que isso é sinal de que a dança está crescendo, ficando mais popular e conquistando mais praticantes e admiradores. E o melhor é que isso está acontecendo devido ao esforço das pessoas envolvidas na dança, não tem mais novela nem nada fora do mercado da dança que explique esse crescimento.
Claro que existem ótimos eventos pequenos, mas neste post vou falar dos grandes de São Paulo (onde eu vivo), daqueles eventos que já são tradicionais e onde muita gente da área, de diferentes escolas e estilos encontram-se. No momento consigo pensar em 3: Mercado Persa, Encontro Internacional BeleFusco e Festival Internacional das Escolas Luxor.
Eu já participei de duas edições de cada um deles, e acho que 2009 tem tudo pra ser um grande ano nestes eventos. Vamos começar pelo Mercado Persa, que é o primeiro do ano...
Até o ano passado o Mercado Persa durava 2 dias, com workshops, competições e mostras. Já ouvi dizer que ele é o maior festival de dança do ventre do mundo. Tem escola de todo o canto do Brasil, profissionais, amadoras e admiradores andando juntos pelos corredores, se encontrando nos banheiros, rsrs, um grande momento da dança. E esse ano tem tudo pra ser maior ainda. Agora são 3 dias, não apenas 2, com vários workshops e o 1º Congresso Mercado Persa, com palestras sobre dança e outros assuntos ligados a ela. Além de tudo que já acontecia nas edições anteriores.
O segundo grande evento da dança, Festival BeleFusco já tem data também: 11 a 13 de setembro, com presença da Saida, Mario Kirlis, Hakim Al Yassir e as brasileiras Renata Lobo, Carol Koga e Shadia El Gamila. Eu só não sei quem vai dar aula onde, já que no ano passado variou de estado a estado, mas geralmente os artistas internacionais dão aula em todos os estados. Esse festival também cresceu, tem mostras, competições e os workshops. E neste ano haverá um festival só para tribal, também organizado pela Belefusco, será em julho, com a participação da Mardi Love e da Sharon Kihara (em seu 3º ano consecutivo no Brasil).
Por fim, Festival Internacional das Escolas Luxor. Até o ano de 2007, o festival acontecia no hotel Crowne, perto da Av. Paulista. No ano passado mudou para o teatro APCD, com uma estrutura beeeeem maior que a do hotel. Todos os anos uma grande artista egípcia é convidada. No ano retrasado veio a Randa, no passado a Raqia Hassan, este ano ainda não sei. Ele acontece geralmente em outubro, novembro, por aí. Também tem as mostras (Noite da Amizade) e as avaliações dos professores (Noite da Conquista). Pelo que eu reparei, foi o evento que mais cresceu entre 2007 e 2008 (talvez devido à mudança de espaço e ao preço, que foi justo na minha opinião).
O que eu também notei sobre esses eventos é a melhora na organização. Percebe-se que há um esforço enorme para que os horários sejam cumpridos e para acomodar todas as participantes.
São perfeitos? Não, claro que não! Eu mesma poderia escrever uma série de coisas com as quais eu não concordo em cada um deles, mas não é o objetivo deste post (ainda vou colocar algumas dessas coisas por aqui). O que eu acho ótimo é que o crescimento desses eventos mostra que a dança do ventre está ficando mais popular, que mais meninas estão se interessando por ela. E mesmo que um ou outro desses eventos não agrade a algumas pessoas, por serem de "escolas concorrentes", ou por terem artistas convidados que não agradem ao gosto pessoal de cada uma, ou por qualquer outra razão, não se pode negar a importância deles no cenário da dança. Também acho que eles são uma boa oportunidade para contatos profissionais, para mostrar as novas caras da dança e tudo que está acontecendo de novo, seja vindo dos EUA, do Egito, da Argentina ou do Brasil mesmo. E mesmo pra quem não pratica dança do ventre, vale pelos shows que são apresentados, mesmo que não sejam tooooooodos, há sempre algo bacana, seja tradicional ou não.
Enfim, acho que contanto que a qualidade seja mantida, é ótimo ter cada vez mais opções. Acho que quem mais sai ganhando com a evolução desses eventos é a própria dança.