terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Até o ano que vem!!!

Terminando o ano com um sorriso no rosto!


2009 está no finzinho, e muita coisa boa aconteceu...

Conheci pessoas incríveis - algumas no meio da dança - participei de um monte de eventos, treinei e aprendi muito!!! Acho que este ano não poderia ter sido melhor, foi um ano de muitas conquistas, tanto na dança, como em outras partes da minha vida.

Agradeço a todas vocês que acompanham o blog, que sempre deram uma força, com seus comentários carinhosos e conselhos. Muito obrigada! Ano que vem tentarei ser mais frequente aqui no meu blog e nos outros também.

Para 2010, tenho grandes expectativas e muitos planos:

1 - dançar muito e talvez começar o meu tão desejado curso de flamenco;
2 - começar o mestrado;
3 - ter ainda mais desafios na minha profissão;
4 - ser mais organizada;
5 - viajar para a Argentina (pra dançar!);
6 - publicar artigo(s) acadêmico(s) na minha área (demorou pra isso acontecer);
7 - guardar mais grana;
8 - voltar a dirigir;
9 - retomar meu curso de alemão;
9 - ok, isso pode chocar algumas pessoas, mas... ver o Corinthians ser campeão da Libertadores!!!, pronto, falei...

A todos os leitores, desejo um Feliz Natal, e um ótimo começo de ano. Nos vemos por aqui em 2010. Feliz ano novoooooo!!!!

Grandes beijos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Um homem na dança

O blog tava abandonado, mas não a dança...muito pelo contrário, os estudos estão a todo vapor! E embora eu continue dando uma olhada nos blogs amigos sempre que entro na Internet – correndo, pra variar – postar mesmo não tava dando. Agora tirei um tempinho e consegui escrever.

No último fim de semana (14 e 15 de novembro) participei do Festival CIAD de Bauru, organizado anualmente pela Márcia Nuriah. Muitas alegrias, dores de barriga, cansaço e diversão, mas sem dúvida nenhuma, o ponto alto, e o assunto deste post, é o bailarino Pablo Acosta, que foi jurado e dançou nos dois dias de festival.

Até então eu nunca tinha chegado a uma opinião definitiva sobre homens executando dança do ventre. Já tinha visto coisas que gostei, outras que me incomodaram, e sempre ficava em dúvida sobre o assunto. Mas agora ficou bem claro pra mim: homens sabem dançar DV sim, e conseguem fazê-lo com muita habilidade. Claro que, neste caso, estou falando de um homem especificamente – o sr. Pablo Acosta!

Procurei na Internet mais informações sobre ele, seu currículo, idade, mas aparentemente não há nada, apenas fotos, vídeos e seu nome citado como participante de eventos. Tudo que sei sobre ele é que ele é um professor de danças argentino e aparentemente, muito jovem. Também vi que ele dirige um grupo. Lá no CIAD anunciaram que o Pablo será o convidado de honra do Festival Internacional do Nilo, organizado pelo Mahmoud Reda. Mas foi só isso que consegui descobrir. O restante é minha opinião mesmo, baseada no que eu vi.

Como todo bom argentino – homens e mulheres – a dança dele tem muitos giros e braços bem alongados. Mas o que mais me impressionou foi sua presença de palco. Era impossível parar de olhar: expressão, técnica e um carisma incomum. Além do mais, embora ele faça movimentos de quadril e sua dança seja bem parecida com a dança feminina, não ficou caricato, como acontece com muitos homens que dançam DV. Suas roupas eram bem chamativas, mas eram diferentes das peças femininas – todas fechadas, com botas, cobrindo todo o corpo, enfim, trazendo algo de masculino também. Sua força nos movimentos também remetia a uma característica mais masculina. A vestimenta tinha muito brilho, muito mesmo, o que pessoalmente não me agrada, porque EU não tenho esse estilo.

Outra característica que está ligada à sua presença de palco, e que em geral, é uma marca dos argentinos: confiança! Tudo bem que às vezes a coisa fica exacerbada e chateia – vejamos Maradona, por exemplo – mas confiança no próprio taco faz uma diferença imensa para um bailarino, não?! Meu Deus, como é bonito de se assistir uma apresentação tecnicamente perfeita, com muita expressividade e de um bailarino que se sente seguro, e que passa isso para o público. Fiquei perplexa, e pelos comentários e aplausos da plateia, o impacto foi geral. Mesmo aqueles que não gostam de homens dançando como mulheres na dança do ventre pararam e assistiram até o fim, porque mesmo não aprovando o estilo, teve muita coisa pra aprender – postura, deslocamento no palco, contato com o público, características que fazem um artista. Artista que não causa um impacto no público não vai muito longe, afinal, sem público não há espetáculo, e embora muitas pessoas não gostem do estilo argentino na DV – eu mesma não sou grande fã – temos que reconhecer que eles sabem montar um show e chamar a atenção geral. E essas são coisas necessárias de aprender para qualquer um que queira subir num palco e ter uma experiência que envolva outras pessoas além de si mesmo.

E para terminar, no final do espetáculo, nas premiações, ele, junto com outros jurados e com a própria Márcia entregaram os prêmios. No palco estava um menino, não aquele super artista que dançou tão bem e chamou tanto a atenção. Como eu disse, Pablo parece ser muito jovem. E é uma pessoa extremamente humilde, acessível, uma graça. A-DO-REI!

Como não descobri quase nada sobre a carreira dele, o que posso fazer é colocar alguns vídeos aqui, para quem não conhece ver essas coisas que eu falei na prática e, para aqueles que já conhecem admirarem mais uma vez!



quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Aula de hoje

Ai, ai, hoje minha aula foi ótima!

Eu e a Rhazi estamos trabalhando bastante o improviso, e como ele é o meu grande desafio, é o que eu tenho mais dificuldades, saia sempre meio frustrada das outras aulas porque as coisas simplesmente não aconteciam como eu queria. Mas hoje foi diferente. Fiz umas besteiras, continuo com alguns vícios chatos, mas algo estava diferente; eu estava mais disposta, mais inspirada, sei lá, foi uma sensação boa. Sai da aula suaaaaaada pra caramba, tentei colocar movimentos mais difíceis tecnicamente (afinal eu treino tanto pra que, pô?), usei mais cabelo, mais braços, mais giros, e tentei me entregar mais. Foi bom, foi dançar de verdade.

O que eu percebi por hoje é que TUDO que eu fizer em relação à dança, além do treino técnico, vai me ajudar no improviso, mesmo que seja indiretamente. Esta semana foi um pouco corrida, então eu acabei treinando menos a dança, mas fiz outras coisas: ouvi muitas músicas árabes, assisti vídeos e li bastante. Além disso fiz alongamento e yoga, que eu adoro e estou cada vez mais viciada. E parece que tudo isso tem me ajudado. O engraçado é que ontem à noite estava com uma preguiça horrível, e pensei "putz, minha aula de amanhã vai ser péssima, vou estar com essa moleza, não vai sair nada...", mas hoje acordei mais animada e a preguiça não estava mais por aqui.

Enfim, estou dolorida, mas contente. Ainda prefiro mil vezes uma coreografia, marcadinha, bonitinha, com aquela música que eu já ouvi milhões de vezes, mas estou odiando menos o improviso (haha, que palavra pesada, "odiando")...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Voltando e falando do vídeo

Voltando...

Descobri, a moça do vídeo no post anterior é ucraniana, não suíça nem norueguesa.

Cheguei neste vídeo sem querer, mas já vi vários outros dela no youtube, inclusive de um campeonato chamado LBC World Bellydance Championship, onde ela chegou à final.

Quando eu procurei por vídeos de bailarinas de outros países queria ver principalmente as diferenças, claro, mas não encontrei coisas tão diferentes não. Estava atrás de “marcas culturais” por exemplo, mas pelo menos por enquanto não encontrei nada que surpreendesse nesse aspecto. Como a Ket falou, “nada de novo”. Hunf, fazer o quê? Estudemos o “velho” então, afinal sempre se aprende alguma coisa, rsrs...

Assisti várias vezes o vídeo e fui anotando as coisas que gostei mais e menos.

A roupa dela tem um modelo bonito, como a Natasha comentou, e eu até gostei dos tons, só que a ideia da borboleta pode ter sido boa na teoria, mas não funcionou bem na prática. Muito grande! Mas os cabelos e a maquiagem estão bonitos – e ela já é uma mulher bonita, então até fica fácil, rsrs.

Ela começa a dança saindo desse “objeto não identificado” (se alguém souber o que é isso, por favor ajudem) e como a Ket falou, é meio “a la Saida”. Desconsiderando esse comecinho, que eu pessoalmente não gostei, achei interessante a maneira como ela se apresenta para o público. Em vez de grandes deslocamentos na entrada, ela dá alguns giros e fica de costas para o público. Depois faz algumas ondulações, enfim, não vou descrever porque dá pra ver isso tudo no vídeo, mas gostei dessa alternativa para o “deslocamento quase que obrigatório” no início das músicas clássicas. E a leitura dela também está bem limpa nesse momento: ondulações, pequenos deslocamentos, giros bem colocados. A única coisa que senti falta foi de um crescendo para terminar essa primeira parte. Ah, quando o vídeo começou, pensei “ondulações de braços muito bem feitas”, mas depois os braços - e mãos - continuaram ondulando e começou a parecer automático. Embora algumas das posições de braços tenham ficado interessantes, tem muita informação.

Agora na segunda parte, do Shik Shak Shok. A mulher tem uma p... dissociação!!! Principalmente no peito. Movimentos bem isolados, bastante domínio do corpo.
Ela tem uma mania de ”palminha” que às vezes agonia! Acho até bonito uma vez ou outra, especialmente quando cai junto com alguma batida da música, mas pelo menos no começo dessa parte tem demais.

Embora eu tenha gostado da alternativa aos deslocamentos que ela fez no início da primeira parte, acho que na parte dos 03:21 ela devia ter deslocado. Pelo menos eu senti que precisava, nem que fosse só um pouquinho!!! Tudo bem que a música vira uma pauleira a partir daí e existe o risco de ficar lotada de tremidos e deslocamentos malucos (ok, rolou uma identificação pessoal aqui); aliás, nos 03:45 não consegui acompanhar a leitura dela. Acho que ela quis seguir tanta coisa que ficou muito misturado. Depois ela faz algumas coisas mais calmas e contidas, e acho que foi uma boa pra segurar o gás pro final.

Eu sei que essa música é super conhecida e dançada por aí, mas eu nunca tinha prestado atenção nela inteira... é bem complicadinha, não? Tudo bem que não tem mudança de ritmo, e tals, e não é nenhuma das clássicas, mas o final é muito acelerado. Fiquei aqui tentando pensar em alternativas, mas tudo parece que fica cansativo, tanto pra quem dança quanto pra quem assiste. Pelo menos fiquei com essa impressão. Depois vou dar uma olhada no youtube e ver como outras bailarinas resolveram o problema.

Nem preciso dizer que músicas muito rápidas são o terror pra mim...

Quanto à Leila (a bailarina do vídeo), tenho visto outros vídeos dela e, embora não goste do estilo, acho que tem coisas que merecem atenção (como em qualquer bailarina profissional). Uma das conclusões que tirei da primeira parte deste vídeo dela, é que às vezes fica muito mais bonito fazer movimentos mais “simples”, como camêlos grandes e lentos, bem executados, do que encher de coisa e acabar deixando a dança incompreensível. E não é que eu nunca tenha ouvido isso de uma professora; já até ouvi várias vezes, mas quando a gente assiste outras bailarinas aplicando, isso fica bem mais claro do que fazendo. Aquilo que dizem de “menos é mais” funciona muito bem na dança do ventre.




quarta-feira, 22 de julho de 2009

Já volto!

Gente, estou num corre-corre de final de semestre que não está brincadeira, por isso a demora pra postar, e eu gosto de escrever coisas com calma, sabe como é. Mas semana que vem as coisas vão se acalmar e eu volto a escrever.

Só pra apresentar algo que eu gostaria de explorar melhor mais pra frente, coloco um vídeo de uma bailarina chamada Leila, e embora não tenha certeza, acho que ela é suiça. Estou começando a procurar bailarinas fora do circuito Egito-Brasil-EUA-Argentina, por pura curiosidade mesmo, e pra ver o que outros países estão apresentando na DV. Nesse vídeo ela apresenta uma música que é velha conhecida, e ainda vou assistir com mais calma pra opinar melhor. Mas uma coisa posso adiantar: não gostei do figurino, achei um pouco exagerado.



Depois comento melhor! bjs a todos!!!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A busca de todo o artista – equilibrar a técnica e a emoção

Artista do Cirque du Soleil

Grandes artistas – especialmente bailarinos – são aqueles cuja técnica é considerada perfeita. São aqueles que as pessoas observam e não entendem como algum movimento é feito, como alcançaram tal flexibilidade, força e, que, além de tudo isso, desperta algo em quem o assiste, sorrisos, lágrimas, até revolta, mas que faça algo ser "acordado". É a perfeita junção da técnica e da emoção.

Um bailarino pode ser fantástico na parte técnica, mas nunca será completo enquanto não conseguir sentir e demonstrar isso no palco, afinal o papel da arte é despertar algo em quem a observa – na minha opinião – e isso só pode partir do artista que sente algo no que está fazendo. Não há como dançar sem sentir algo pela dança.

Na dança passamos por muitas sensações, antes, durante e depois do momento da apresentação. Primeiro é a expectativa, a alegria de ver um trabalho ser preparado, as angústias que surgem no processo, o nervosismo pré-palco, as frustrações eventuais e a satisfação final. As coisas não acontecem necessariamente nesta ordem, nem nesta forma organizada como as palavras descrevem, porque sentimentos podem e muitas vezes são caóticos, e não há razão que os organize.

O que eu entendo como domínio de palco – em relação ao lado emocional – é aquela pessoa que sente uma certa ansiedade antes e até no início de uma apresentação, mas que aos poucos vai disso para uma verdadeira alegria de estar dançando e apresentando um bom trabalho, sem preocupações com técnica nem erros, mas só ouvindo a música, o público e deixando o pensamento de lado. É a hora de apresentar o fruto de todo o estudo e das horas de trabalho suado, sem pensar nelas.

O grande Paulo Autran

O domínio das próprias emoções pode ser tão ou até mais difícil do que a parte técnica. Isso porque todo o estudo pode ser sabotado se a ansiedade não estiver controlada (isso já aconteceu e continua a acontecer comigo em apresentações).

Estou aprendendo a lidar com tudo isso na dança, mas isso é só a pontinha do iceberg. Por enquanto acho que não estou nem perto de conseguir dominar a ansiedade e o nervosismo. Ainda consigo me divertir, mas ainda falta muito para relaxar. E nem todo o meu estudo tem me ajudado neste aspecto, afinal estudo é racional, e o que estou buscando é emocional. Mas, e aí? Além da experiência pessoal e a dos outros, como posso trabalhar isso? Eu sei que o momento no palco é único e impossível de se representar fora dele, sem um público, mas não acho que devo simplesmente esperar cada nova apresentação e 'torcer' para que as coisas se ajustem aos poucos. Já tentei, e aparentemente não é bem por aí que as coisas vão melhorar. Então, busco armas onde posso: no estudo, na pesquisa e em todo o trabalho pré-palco novamente. Espero não estar andando em círculos, mas isso só o tempo dirá.

Entre algumas coisas que tenho tentado, encontrei palavras úteis e interessantes em um livro que li há muitos anos, dos tempos em que estudava música erudita. É um livro pequeno, comprado direto da autora, mas que é excelente. O nome é "Tocando com Concentração e Emoção", e a autora chama-se Marcia Kazue Kodama. Ele inclusive foi
republicado no ano passado pela editora Som, segundo a própria autora, e agora pode ser comprado pelo site.

O livro é pequenino, mas riquíssimo em informações, e é impressionante como algumas partes aplicam-se perfeitamente para bailarinos também, tirando alguma terminologia específica da área de música. Lembrei desse livro sem querer, e seguindo a intuição fui remexer no armário, encontrei e reli. Com a devida autorização da autora, coloco alguns dos trechos que achei que melhor se aplicam a bailarinos também. E os que mais convém aos meus objetivos de agora...

"Todos os processos de aperfeiçoamento, tanto técnico como interpretativo, precisam de tempo, trabalho e dedicação para o seu desenvolvimento e amadurecimento. Se eles não forem dominados, as dificuldades causadas pela falta de domínio aparecerão em todas as peças tocadas".
Se a técnica requer tempo e estudo, talvez o domínio dos sentimentos que envolvem uma apresentação também precise do mesmo, e de muita paciência, porque cada um tem seu tempo de aprendizado, e ele pode ser mais longo do que gostaríamos.


"A emoção que o intérprete pode transmitir não é apenas a emoção pessoal, mas também a emoção originada pela própria música. Cada harmonia, cada sequência de notas, cada ritmo e cada combinação de sons e melodias, pode ser associado a uma emoção, e assim à própria música, independente do seu sentimento pessoal, pode provocar uma reação no músico e todo esse sentimento ser passado aos ouvintes".
E é tão bom quando há essa troca...é tão bom sentir-se tocado por um artista, e o contrário também deve ser fantástico.

"Acredito que uma das riquezas da música é ser uma arte de momento. A única maneira de repetir a mesma interpretação é através de uma gravação, pois nenhuma música poderá ser produzida exatamente da mema forma; cada interpretação é única".
É aquela velha história, uma bailarina pode dançar a mesma música 10 vezes, e elas serão todas diferentes, mas acredito que isso ocorra de verdade quando há sentimento, quando mesmo com uma coreografia ensaiada e apresentada muitas vezes, o artista deixe-se expressar.

Randa Kamel

"Por isso, não importa o quanto os outros tocam, nem que Mozart aos 8 anos compunha sinfonias. O importante é ver humildemente quais as suas condições reais, as suas dificuldades e capacidades, mesmo que estas sejam aquém do ideal. Não adianta tentar fazer coisas que não estão ao seu alcance, isto resultará em frustrações, aborrecimentos e perda de tempo.
Procure respeitar o seu limite e fazer o seu melhor dentro dele; se conseguir fazer o seu melhor, com certeza se surpreenderá com o resultado final".

Esse trecho é um tapa na cara pra mim; é muito importante para aqueles momentos de "eu não consigo", "tá muito difícil" ou os piores como "mas a fulana faz isso tão facilmente". Tsc, tsc, tsc, cada um a seu tempo, com as suas próprias características. Preciso me lembrar disso sempre!

Enfim, eu poderia citar muitos outro trechos porque o livro é realmente bom. Ela também fala sobre a neurofisiologia da execução musical, explica um pouco a diferença dos hemisférios direito e esquerdo do cérebro e quais mecanismos utilizamos para a concentração, memorização e no aprendizado musical como um todo. No livro também há algumas citações do livro "Inteligência Emocional" – que é o livro que estou lendo no momento – que é outro riquíssimo em informações sobre emoções, e que talvez vire um post futuramente.

Uma das coisas que a Marcia fala que eu gosto bastante é sobre os tipos diferentes de memórias, outro estudo fundamental para qualquer estudante e professor, seja de artes ou qualquer outro assunto; enfim, tem muita coisa, valeu a pena reler o livro. Preferi citar os trechos mais marcantes, pelo menos neste segundo momento em que li. São eles que têm me ajudado a refletir e a buscar o domínio que preciso para subir no palco e dançar mais relaxada, porque alegria existe, com certeza, o problema é aprender a dosar as coisas.

Só pra finalizar, uma apresentação antológica de uma cantora técnica e extremamente expressiva, uma tal de Elis Regina, já ouviram falar? :P



quinta-feira, 18 de junho de 2009

Respondendo o questionário do ventre

Recebi esse meme da Vera e da Layla, e devo confessar que tive que fazer uma bela de uma pesquisa pra conseguir responder, porque eu não sei os nomes das músicas! Ok, é uma vergonha, e foi ótimo esse meme porque me forçou a criar vergonha na cara e pesquisar, mas mesmo assim não consegui descobrir o nome de todas. Se alguém souber, por favor gritem!

Bom então vamos às respostas...

Qual música...

…você dançaria agora? Essa que a Souheir Zaki está dançando

…te deixa feliz? Layaly Masrya

…te arrepia? qualquer Zaar; gosto de fechar os olhos e pirar!!! Ouvindo mesmo, não dançando necessariamente.

…você dançaria com banda? por enquanto nem pensar porque eu acho que teria um ataque cardíaco, mas no futuro, quando eu tiver bastante experiência, Fakkarouni

…você jamais dançaria? Como tú, da Alabina

…é perfeita para seduzir? Ya Hawa, cantada por Wael Kfouri ou essa de 7 véus, que mesmo sem ser dançada com os véus, é muito linda.

…você dançaria para sua profe do coração? Dançaria Enta Omri, que é a preferida dela, mas só depois de ensaiar muuuuuito e com todo o sentimento que eu pudesse juntar no momento porque eu iria querer levá-la às lágrimas, deixá-la muito orgulhosa mesmo.

…te traz boas lembranças? pra variar, não sei o nome, mas é essa aqui

…te faz chorar? Acho que nunca chorei ouvindo uma música (árabe), mas a que chega mais perto é a Leylet Hob, especialmente no começo. E óbvio, Enta Omri.

...você escuta sem nunca enjoar? Um dabke que é uma delícia: El Tannoura

…você dedica para quem te enviou esse meme? Como eu recebi da Verinha e da Layla, então pra Vera dedico esse said, numa coreografia do Mahmoud Reda! E pra Layla, eu dedicaria um derbake bem legal, porque ela tem um quadril ótimo e imagino que ela goste de dançar derbake.

Agora tenho que passar pra 3 blogueiras. Então passo pra Rhazi, pra Natália e pra Mahlika.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dicas

Filme

Ela dança, eu danço (em inglês, Step Up)



Filme que mostra o encontro da dança de rua e do ballet clássico. Demora um pouco pra aparecer dança, não chega a ser um filme fantástico, mas entretém.


Site

www.lulusabongi.com

O site da Lulu tá com design diferente, no formato do novo espaço dela. Tem muitos textos interessantes para todas nós, porque tratam de assuntos relacionados a todos os níveis da dança, e aspectos técnicos, culturais e humanos.


Blog

http://kawaiimakeup.blogspot.com/

Esse é de maquiagem, com alguns tutoriais e muitas fotos com maquiagens diversas e muitas cores. Dá pra tirar várias idéias.


Eventos

Dois da universidade Anhembi Morumbi.








sexta-feira, 12 de junho de 2009

Leitura Musical

Ler a música; ler com o corpo e fazê-lo responder aos diferentes instrumentos, com as variações de intensidade e altura dos sons. Explicar a música para quem assiste, mostrar seus detalhes, seus ritmos; mostrar aquela parte quase inaudível, mas que está lá, que faz parte da música e deve ser considerada. Isso, pra mim, é leitura musical.


Quando um músico trabalha com uma partitura, ele tem muitas coisas indicadas nela, como a dinâmica do som, as variações da mesma, o andamento e ritmo denominados logo no início da partitura, e claro, as notas. A bailarina não tem essas indicações, a não ser aquelas ditadas pela própria música, e elas não são menos importantes. Por isso que leitura musical requer um ouvido bem apurado e experiência, como tudo o mais.


Mas assim como dificilmente dois músicos tocam a mesma música – seguindo a mesma partitura – igualmente, duas bailarinas não dançam a mesma música igualmente. Leitura musical também é bastante particular. Existem algumas indicações gerais, espécies de regras que aprendemos sobre como ler certo instrumento, ou sobre quais movimentos fazer em determinado ritmo, mas no geral, a dança acaba sempre sendo muito diferente.


Uma das minhas grandes dúvidas sobre leitura musical (e olha que tenho muitas) é qual instrumento seguir, numa clássica por exemplo. Por um lado acho interessante seguir mais de um instrumento como forma de trabalhar a técnica, mas por outro, é um risco seguir mais de um instrumento ao mesmo tempo porque a dança pode ficar poluída. E em vez de mostrar as nuances e transmitir a música, alguém assistindo pode ficar confuso, porque tem muita coisa acontecendo de uma vez. Então, qual instrumento seguir? Qual deles devo priorizar e por quê?


Numa das minhas aulas aprendi que o que posso fazer é ler aquele instrumento novo, que acabou de entrar na música e não estava em destaque antes. Funcionou. Mas às vezes o corpo pede pra mostrar outro instrumento; outras vezes o ouvido simplesmente não consegue separar tão bem assim, e a leitura acaba ficando misturada. Por isso acho que ouvir a música muitas vezes é fundamental, assim como o músico treina repetidas vezes a mesma partitura.


Ontem assisti a um dvd das Bellydance Supertars, prestando atenção na leitura musical. E encontrei exemplos de uma dança mais carregada, com excesso de informações, e outras mais fáceis de entender o que estava acontecendo, o que a bailarina estava priorizando.

O primeiro vídeo é da bailarina Suhaila Salimpour. Embora ela seja bastante famosa, eu não conheço muito o trabalho dela. Esse vídeo me chamou a atenção porque tem momentos em que ela coloca tantos elementos que não dá pra saber o que observar; é tudo acontecendo ao mesmo tempo, braços, quadril, abdomen...ufa, até angustia um pouco. A técnica e o domínio do corpo dela são indiscutíveis, e existem outros vídeos em que ela apresenta uma dança mais simples, mas este ficou pesado pra mim. Além disso, as mudanças acontecem muito rápido, os braços e as mãos em alguns momentos fazem movimentos muito velozes, e fica um pouco cansativo de assistir.


http://www.youtube.com/watch?v=GfvdXKrEZGQ&feature=related

(a qualidade do vídeo está horrível, mas foi o único desse dvd que eu encontrei, e a incorporação foi desativada, por isso só coloquei o endereço. Foi mal...)


O outro vídeo que selecionei é da Tamalyn Dalal. Sua leitura é impecável, tudo fica muito claro, os movimentos vão crescendo junto com a música, mas nunca chegando ao exagero. Seu quadril é soltinho, mas faz movimentos leves, pequenos, parece que não existe esforço. E o final é tão elegante quanto o restante da música, sem aquela super pose mega star sabe? Mas simples, a música parou, ela pára, bem natural. Gostei bastante.



Esses dois vídeos trazem bailarinas bem famosas, com personalidades próprias e leituras muito diferentes, na minha opinião; além do que, as músicas dos vídeos são muito dançadas por aqui, e é interessante assistir outros vídeos com as mesmas músicas e perceber essas diferenças de leitura. E leitura musical tem muito a ver com experiência e personalidade, por isso, mesmo com regras e dicas, é sempre uma característica muito pessoal de cada bailarina.


Dois textos bem interessantes sobre leitura musical:


Post do blog da querida Luciana Arruda, com dicas bem interessantes, e muita coisa que ela compartilha da própria experiência pessoal. Quem ainda não leu, tá aqui:

http://luciana-arruda.blogspot.com/2009/03/leitura-musical.html


Post no blog da Luana Mello, que é um texto de ninguém menos que Hossam Ramzy. Embora esteja no título, ele não fala só sobre percussão; o texto é bem completo, às vezes difícil de entender, por isso é material pra copiar, guardar, e ler várias vezes.

http://luanamello.blogspot.com/2009/05/percussao-para-bailarinas-por-hossam.html


terça-feira, 9 de junho de 2009

E-ventre

Consegui sentar aqui pra falar do E-ventre, que aconteceu neste último domingo (07/06).

Como já venho fazendo com os outros eventos, vamos aos pontos positivos e negativos:

Positivos:
- Organização incrível: desde o momento da chegada, à entrega do cd, o momento da dança, tudo absolutamente organizado, no horário, equipe bem numerosa e prestativa (alunas super legais da Rhazi). E as duas organizadoras, Rhazi e Débora, sintonia perfeita, muito simpáticas e com muita descontração enquanto anunciavam as categorias, sorteios etc.
- Qualidade do evento: apresentações muito boas, que além de apresentar muita técnica - que tem melhorado em cada evento - mostrou criatividade também.
- Clima geral: público bem receptivo, e relação muito tranquila entre as bailarinas, inclusive as que estavam competindo.

Negativo (só consigo pensar em um):
- Sorteios: só dava os homens ganhando os sorteios!!! Ganharam ensaio fotográfico, workshops...caramba! Tudo bem vai, minha cunhada ganhou um ensaio com 5 fotos da Adelita, mas como já tinha ido embora e levou o convite...não foi dessa vez...

Agora vou explicar um pouco melhor. O evento foi ótimo mesmo, sem atrasos, num ambiente (físico) bem aconchegante e iluminado e com um público participativo. É péssimo quando se está dançando e tá todo mundo com cara amarrada, ou pior, quando a bailarina pede palmas por exemplo, e ninguém bate!!! Dessa vez não, ainda bem, todo mundo feliz, apesar do cansaço de muitas horas sentado torcendo para as respectivas parentes, amigas ou conhecidas. E isso foi no evento todo.

Eu participei do concurso na categoria amadora, e também fiquei muito surpresa com o clima entre as competidoras. Todas conversando animadamente no camarim, batendo palmas umas pras outras, sorrindo, enfim, numa boa! Aliás, teve uma menina que dançou antes de mim, que infelizmente não lembro o nome, que foi muuuuuito simpática. Ela me deu muita força, falou que adorava said (minha coreografia) e que depois que dançasse iria descer e assistir a minha apresentação. Não só fez isso como bateu palmas, vibrou e todo o pessoal que estava com ela torceu também. Quando eu as vi do palco, senti uma energia muito boa, me ajudou a relaxar e a sorrir ainda mais. Gostaria muito de descobrir o nome dela e agradecê-la novamente.

Outra coisa que foi ótima, conheci a Natália do blog Dançar ou não Dançar? (http://dancarounaodancar.blogspot.com/) e ela é muito legal!!! Eu a vi passando, e fui até o camarim confirmar se era ela mesma. Nos abraçamos, ela ainda não tinha dançado, e eu pude desejar sorte pra ela e pra amiga dela (elas competiram na categoria dupla). E acho que eu dei sorte pra elas, pois elas venceram o concurso!!!! Quando estavam anunciando as vencedoras, eu virei pra minha mãe e disse "bem que as meninas poderiam vencer" e...venceram!!! Parecíamos 3 crianças no camarim pulando e gritando!!!! Parabéns de novo meninas, foi merecidíssimo, dança do ventre tradicional bem executada, e um sincronismo perfeito (aliás eu falei isso pra elas, ANTES delas vencerem, não estou dizendo isso só agora não, rsrs).

Só que nós duas somos tão desligadas, que nenhuma tinha câmera pra tirar foto juntas...tsc, tsc, tsc...tudo bem, está na memória.

Então, com vocês, Natália e Juliana:



Também tenho que falar sobre a Débora, uma das organizadoras do evento. Cara, ela é hilária!!! Até comentei com quem tava comigo, se ela não fosse bailarina poderia ser comediante, porque quando ela falava no microfone sempre fazia alguma piada, estava sempre sorrindo, foi bem divertido. Até arriscou uma dancinha na Enta Omri, muito engraçada! Arrasou!

Bom, como podem perceber tem muita coisa pra falar, foi tudo muito legal, além de ser um evento todo voltado para preservação ambiental (a inscrição foi online para poupar papel, os troféus eram de papel reciclado, e as bolsas do eventre também eram de material reciclado).

Mas, não vou mentir, o que mais me deixou feliz foi minha vitória no concurso!!! Uhuuuuu!!! Quando anunciaram meu nome, minhas pernas tremiam tanto, fiquei com vontade de rir, chorar, gritar, sei lá! Foi uma loucura!!! Abracei a Rhazi, pulei, nem me lembro se agradeci a ela, tava doidona. Até esqueci de pegar o troféu e o prêmio...mas depois lembraram por mim!

Foi ótimo, dancei meu said, tava concentrada, nervosa, mas consegui relaxar e ir me soltando. No final já tava me divertindo muito!

Agradeço mais uma vez a todo mundo que me deu força, minha família, amigos, Rhazi, Débora, Celi, Natália, Dani e para as pessoas que nem me conheciam, mas que torceram e vibraram comigo na hora. As alunas da Rhazi também, enfim, à galera geral: valeeeeeeeuuuu!!!! E também a todos que acompanham o blog e estão sempre me dando uns toques bem bacanas e uma força muito grande!

E aqui está o vídeo da minha apresentação (pelo menos teve a filmagem, já que foto não tenho nenhuma!!!!)



Se eu esqueci de alguma coisa, depois coloco aqui! bjs a todos!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bellencontro

No domingo passado (24/05) aconteceu o 1º Bellencontro organizado pela fofíssima Layla Khodair. Foi aqui em Sampa no Teatro Aichi do Brasil. O encontro durou o dia todo, mas eu só fui na parte da noite pra participar do "Donas da Dança", uma avaliação de nossa dança feita por 3 jurados: Luana Mello, Raymond Milad e Cristina Garbeloto.

Pontos positivos: muito bem organizado, tudo acontecendo no horário programado, ambiente aconchegante e equipe do evento muito integrada e educada.

Pontos negativos: cortaram minha música no "tan" final!!! Rsrsrs, na verdade foi um detalhizinho, mas na hora que fiz "a pose" e não ouvi o "tan" fiquei meio desconcertada; e quando anunciaram meu nome pra dançar, disseram que a coreografia era da Layla, e na verdade a coreografia era minha e da minha professora Rhazi. Aliás, a Rhazi estava lá pra me dar uma força, e ela é super desencanada com essas coisas, mas achei chato por ela, sabe? Tudo bem, acontece...

Eu pessoalmente fiquei muito insatisfeita com minha apresentação. Eu estava muito nervosa e não consegui me controlar da forma como deveria. As pessoas que estavam comigo e que conhecem essa coreografia disseram que ficou muito claro meu nervosismo, que eu estava tensa, dura! E foi tudo isso que eu senti mesmo. Sai do palco feliz por ter ido e participado, mas não gostei da forma como eu dancei. Falando a verdade, foi horrível!! Odeio quando essas coisas acontecem...

Mas sem dúvida o melhor de tudo desse Bellencontro foram as pessoas que conheci por lá. Tirei muuuuuitas fotos.


Vera, eu e a Zahira

A Vera é do blog Amar El Binnaz. Muito gente boa, e tem muita expressão dançando. Sua dança foi bem diferente de tudo que estava sendo apresentado. Dançou com o coração mesmo. E é ela que acabou me ensinando muita coisa sobre maquiagem através das dicas do blog.

A Zahira é uma graça, gente finíssima e dança muuuuuuito. Tem um quadril fantástico, até falei isso pra ela.


Cristina Garbeloto, uma pessoa bem simples e simpática



Raymond Milad


Eu com a querida Rhazi, minha professora e psicóloga, rsrs...

Eu sou uma aluna mimada. A Rhazi foi no Bellencontro, mesmo depois de ter trabalhado no domingo só pra me dar uma força, e ajudar a controlar os nervos, que fazem um estrago por aqui!


Dani, eu e a Rhazi

A Dani é a sócia da Rhazi no espaço Manat; também foi me dar uma força, dançou, batucou, e nos fez dar muitas risadas. Ok, ela é doida!!!


Luana Mello e eu

E finalmente conheci a Luana Mello. Uhuuuu!!! Ela é fofa até o último fio de cabelo. Muito simpática, acessível, meio menina, meio mulher! Fez excelente críticas - já estou trabalhando nelas. Ela felizmente está bem, totalmente recuperada! Agora só falta assisti-la dançando ao vivo e aprender mais um pouco, pois como a Vera disse, quando eu assisti-la no Eksotik, vou sair de lá pensando 'Cara, não sei nada de dança!!!'.


Layla Khodair e eu, no finalzinho do evento, já prontas pra ir embora.

Foi um dia muito legal, com apresentações de alto nível técnico e pessoas muito simpáticas, sem estrelismos. Foi uma ótima oportunidade para ser avaliada e ao mesmo tempo conhecer tantas pessoas, muitas que eu só conhecia pela internet. A Layla também é muito paciente, porque eu enchi ela de perguntas por e-mail antes do evento e ela respondeu a todas, sempre muito educada.

Só faltou tirar uma foto com minha mãe, que estava lá também e como sempre, deu aquela força! No próximo evento eu tiro e coloco aqui.

Aliás, teve um espetáculo à parte, que foi a Sálua Cardi. Dançou, emocionou e ensinou como se faz. Mais uma vez eu queria estar com meu bloquinho pra anotar tudo, mas tem coisas que só na prática mesmo, e assisti-la foi maravilhoso. Depois do show que ela deu, fui no camarim dar uma abraço e fiquei ainda mais emocionada por encontrar uma pessoa tão humilde. Nos abraçamos, ela também falou sobre a minha dança e ainda contou que não estava bem, que estava doente e só tinha ido se apresentar pela Layla mesmo. Nossa, mas a mulher dançou viu, não pareceu nem por um segundo estar debilitada. E dançou uma música bem longa, não foram 5 minutinhos não. A-do-rei!!!

Desses dois eventos que eu participei nestes últimos domingos, além de conhecer um monte de gente e ser avaliada, tive verdadeiras aulas de dança mesmo. No outro domingo foi a Carlla Silveira e neste, Sálua Cardi. Tomara que continue assim nos próximos!!! E tem horas que é assim mesmo, sentar e aprender com quem está na estrada há bastante tempo e tem muuuuito mais experiência de palco e de vida. Por isso são exemplos e ídolas.

1º Bellencontro foi ótimo!! Ano que vem, estarei por lá novamente!

E coloco aqui uma das fotos que o marido da Vera tirou quando eu estava dançando e ela gentilmente colocou no orkut pra eu baixar. Vera, obrigada novamente, as fotos ficaram ótimas!!!


As minhas fotos que eu mais gosto são sempre as mais estranhas, rsrs...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Festival e Concurso

Tá ficando difícil de escrever, tadinho do meu blog, mas não vou abandoná-lo!

Participei do Festival de Danças Ritmos do Oriente neste domingo que passou. Foi um evento pequeno, mas com um clima bem legal, vários rostinhos conhecidos (impressionante como esse meio é pequeno); o espaço era bastante amplo e bem arejado, e o festival começou pontualmente às 11.

Dois pontos negativos: em alguns momentos a música ficava muito alta e o lugar para as bailarinas se vestirem era pequeno.

Mas eu gostei do evento e voltarei a participar no ano que vem.

Foi neste festival que eu participei de meu primeiro concurso. Sempre vi muita gente falar sobre concursos, tanto pessoalmente quanto nos blogs por aí, e agora posso dar minha opinião. Mas primeiro vou descrever algumas coisas que aconteceram antes, durante e depois do momento em que eu dancei.

Eu sou absolutamente ansiosa! E meu maior medo era ser traída pelos meus próprios nervos e sabotar a mim mesma. Foi por essa razão que decidi começar a participar de concursos e outros eventos com público diferente, pra me testar mesmo! Então nem preciso dizer que uma semana antes eu já estava com frio na barriga, e tentava não pensar muito, desviar meus pensamentos para outras coisas.

Pra que tudo estivesse ok no domingo, providenciei tudo que pude o mais rápido possível, pra domingo nada potencializar meu nervoso. Minha roupa estava pronta uns 15 dias antes, fiz alguns testes de maquiagem, fiz uma lista do que levar no dia, então fiz o possível para evitar surpresas desagradáveis. Mas, existe a tal da zica, conhece? E eu e a dona zica temos uma relação de longa data, então, no sábado, peguei uma gripe daquelas!!! Tomei remédio, chazinho e dormi com bolsa de água quente, mas no domingo acordei me sentindo como se tivesse apanhado. No domingo tudo que eu queria era conseguir ter forças pra levantar da cama, me maquiar e conseguir dançar decentemente pelo menos. Mas isso teve um lado bom, acabou desviando minha atenção e nem fiquei tão nervosa!!

Fui melhorando aos poucos, entrei no ritmo e fui para o evento. Cheguei cedo, como já estava maquiada, só precisei colocar a roupa, conversei um pouco com algumas meninas que foram chegando, andei pelos stands...enfim, fui relaxando. Minha professora Rhazi conversou comigo, cuidou do preparo psicológico (e como isso foi importante), colocou alguns alfinetes na minha roupa e me deu um abração. E subi no palco. Dancei, vi todo mundo do palco, curti, tremi nas bases, não pensei em nada, foi uma mistura de emoções, mas foi bom, me senti bem. Os vírus da gripe deram um tempo e o corpo não doeu! Ainda bem! Errei a coreografia, que raiva!, mas tentei continuar sem deixar transparecer e aos poucos fui relaxando.

Quando desci do palco e voltei para o espaço onde ficavam as bailarinas esperando pra dançar, respirei, rsrs...estava terminado, tinha dado certo, meu estudo e preparo valeram; novamente veio a Rhazi, me abraçou e dessa vez não me contive, chorei! De alívio, de alegria, de tudo! Foi ótimo, revigorante mesmo. E eu continuava tremendo...

Depois disso, fui me acalmando, assisti algumas apresentações, conversei com mais algumas pessoas e fui pra casa almoçar. Em casa, a dor no corpo voltou, e eu dormi um pouco (estava precisando). O peso tinha saído das costas, foi um soninho tão bom...

Voltei ao evento, assisti a excelentes apresentações, e uma delas foi a da Carlla Silveira. Meu Deus do céu, a mulher estava com tudo!!! Eu sentei no chão, de cara para o palco, tirei algumas fotos, mas depois parei porque queria olhar tudo. Deu até vontade de pegar um bloquinho e anotar todo o repertório de movimentos da Carlla pra eu estudar. Ela dança MUUUUUUITO!!! Abdomen e quadril perfeitos. O evento parou, o palco ficou pequeno pra ela. Aliás, disso ela se saiu muito bem, pulou do palco, dançou embaixo, depois subiu no palco de novo e arrasou mais um pouco. Foi fantástico!

A Rhazi também dançou, linda como sempre. Ela e o véu definitivamente nasceram um para o outro, impressionante como parece fácil só olhando. Também tirei umas fotos, mas parei só pra admirar.

Ah, e eu estava perdendo a voz por causa da gripe, então nem podia gritar, torcer, a não ser pelos gestos mesmos, e não é a mesma coisa...

No final de tudo foi a premiação para os concursos. Fiquei em 4º lugar!!! Fiquei muito feliz, e mais feliz ainda quando recebi os papéis com as notas e comentários dos jurados - como eu sou muuuuito nerd, adoro um papelzinho com notinhas, que eu possa analisar, estudar etc. Cara, parecia notas de escola de samba, sabe aquele negócio de "harmonia: 10 / mestre-sala e porta-bandeira: 9"? Muitos requisitos foram avaliados!! No total foram 12!!! E foram 3 juradas, então tem nota pra caramba!

Analisando essas notas junto com a Rhazi na nossa aula, posso dizer que a maioria do que foi dito é verdade. Dois pontos mencionados cairam igual uma luva, sabe aquelas coisas que a gente já sabe, mas empurra com a barriga? Foi bem isso. Tiveram outras coisas também, mas duas foram as que mais chamaram atenção.

Teve só um dos requisitos que eu não sei se concordo muito, porque acho que tem mais a ver com estilo, mas é só um e não foi nada grave, então nem vale a pena ficar chorando muito.

Mas o saldo foi positivo deste dia. Fiquei contente por ter participado, contente por ter conseguido apresentar um trabalho legal e principalmente, por ter acesso às minhas notas e poder entender direitinho como foi o processo de avaliação. Não sei se em todos os concursos isso acontece, provavelmente não, mas acho importante ser avaliada por pessoas que não me conhecem. E claro, ter o respaldo da Rhazi pra entender todos os critérios, pra aprender a aprender. De nada tudo isso adiantaria se eu não tivesse autocrítica também.

Domingo agora vou participar do Bellencontro da Layla Khodair, e também terei uma avaliação da minha dança. Dessa vez não é concurso, mas como é a mesma coreografia que dancei neste domingo, já vou tentar melhorar em pelo menos alguns pontos. Vamos ver!

Essa foi a minha saga! Estou bem, a voz já voltou, só a gripe que continua por aqui!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Novo endereço e evento

Pronto gente, mudei o endereço do blog e já avisei todo mundo. Não deixem de passar por aqui, por favor! Lembrando que agora ficou:

blogdanaznin.blogspot.com

Sei que ultimamente não tenho postado com tanta frequência, e também não tenho colocado aqui pesquisas e textos interessantes. Mas acreditem, não estou abandonando o estudo da dança não. Só estou pegando mais pesado na parte 'física' da coisa! Logo pretendo voltar a postar coisas bacanas que descubro e leio.

Aproveitando o post, neste domingo vou participar de um evento em Itaquera. Não sei se alguém de vocês vai estar por lá, mas se estiver, me procure!!! O folder tá aqui:



bjão a todos!!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mudança no endereço do blog


Gente, vou mudar o endereço do blog.

Descobri que já existe um blog com o endereço parecido, mas com um 'L' só, que é da Shaide Halim. Aliás, Beladança é o nome do estúdio e do grupo dela.

Como o dela veio antes, e eu já tinha mudado o título do blog para "Blog da Naznin" mesmo, vou mudar o endereço daqui um tempo. Claro que agora eu chequei antes, coisa que a 'cabeçuda' aqui deveria ter feito antes de criar o endereço do blog, mas sabe como é, a gente tem uma idéia que considera "brilhante" e esquece que outras pessoas já podem ter pensado nela há mais tempo, aiai...

Estou avisando aqui e depois vou mandar mensagens pra todo mundo que acompanha o blog porque pelo que percebi, quem já tem meu blog linkado não vai mais conseguir acessar se eu alterar o endereço agora; como minha habilidade em internet é praticamente nula, não achei forma mais fácil de fazer essa alteração sem avisar antes. Se alguém souber, por favor me ensine!!! rsrs...

Vou alterar o endereço daqui a mais ou menos uma semana, e será blogdanaznin.blogspot. com, porque daí fica fácil e não tem erro! Peço por favor que quem acompanha o blog altere nas configurações quando a mudança for feita.

É isso! bjão a todos!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Festival de Dança

Achei interessante a proposta. Comecei a avisar o pessoal por e-mail, mas coloco aqui pra todo mundo que se interessar. As inscrições acabam semana que vem, mas só descobri hoje em outro blog. Foi mal...


http://www.pjf.mg.gov.br/

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pilobolus


Tentanto responder a uma das questões do meu post anterior (o que é exatamente a dança moderna?), acabei descobrindo um grupo chamado Pilobolus. Assisti a vários vídeos e o trabalho deles é fantástico, mas este vídeo que eu coloco aqui, minha gente, é demais!!! Técnica, força, flexibilidade, expressão...14 minutos de pura maestria em dança. E a maneira como esses dois bailarinos contam uma história mostra o quão belo é o corpo, e todas as possibilidades que existem nele.

Ainda não consegui responder à minha pergunta, mas como gostei de ter encontrado esse grupo durante minha investigação.

Apreciem!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tudo bem que é dança, mas é dança do ventre?


Eu tinha uma idéia sobre o que escrever neste post, tinha feito um rascunho, mas, conforme fui escrevendo e pensando sobre ele durante alguns dias, acabei com mais perguntas do que respostas. Pra reflexão – minha mesma e de outros a que possa interessar – coloco minhas dúvidas antes do post que tinha preparado.


1 – O que exatamente é a dança moderna – chamada assim dentro da dança do ventre?

2 – Sob a tal denominação de "dança moderna", pode-se dançar da forma que quiser e usar o instrumento que quiser?

3 – É possível estabelecer limites na dança do ventre?

Minhas perguntas podem parecer confusas, mas acredito que isso reflita o quanto eu estou confusa em relação às apresentações de dança do ventre. Ora gosto, ora me incomodo; ora quero 'inventar' também, ora quero dançar 'o tradicional'.


Acho que o ponto em comum desse assunto é, a diferença entre uma apresentação de dança do ventre e uma performance, um show, chamado de 'dança do ventre', mas com muito espetáculo e poucos elementos da dança.

Uma das primeiras vezes em que pensei sobre isso foi em uma grande apresentação que assisti com diversas 'estrelas' nacionais e internacionais. Gostei muito de diversas apresentações, e depois eu e minhas amigas conversamos sobre elas. E a conversa foi mais ou menos assim:


- Você gostou da fulana?

- Gostei. Como dança do ventre não tinha muita coisa, mas ela tem muita presença de palco, é uma verdadeira 'show woman'.

- Eu gostei mais da ciclana, porque ela foi uma das poucas que apresentou dança do ventre mesmo.

- Aquela que dançou o 'tango árabe' foi muito bem, mas a outra que dançou 'flamenco árabe' deixou um pouco a desejar...


Claro que a conversa não foi exatamente assim, só estou tentando ilustrar essa confusão. Eu nunca gostei muito de rótulos e me considero bastante liberal em relação a inovações. Acho que vale, e que tudo isso que citei pode ser considerado dança, mas afinal, é dança DO VENTRE? Às vezes me vejo em cima do muro, sem conseguir ter uma opinião mais definida sobre isso. Talvez isso venha com a experiência...


Essa questão tem me 'pegado' ultimamente, porque tenho a impressão de que tudo pode na dança do ventre. No ballet, flamenco, dança de rua e outras, os limites parecem estar mais definidos; se uma pessoa leiga assisti, sabe reconhecer. Agora na dança do ventre, acho que se eu que estou aprendendo e buscando entender cada vez mais já fico nessa dúvida, imagina uma pessoa que não entende do assunto. A dança é muito rica, possui influências de muitas partes do mundo, desde sua origem, mas e aí, o céu é o limite? Posso fazer o que quiser e dizer que estou dançando dança do ventre?


Algo também que eu penso bastante à respeito é a necessidade de buscar muitos artifícios para fazer uma apresentação. Na dança do ventre existem muitos instrumentos – espada, bengala, véu etc – mas parece que a cada apresentação é preciso mais. Precisa ter espada, com véu, depois outro véu...é ter um véu, depois snuj, depois um folclore com pandeiro...a dança tem muitos elementos e muitas culturas que ajudaram a torná-la o que ela é hoje, mas usar TUDO numa mesma apresentação? Será que não é muita informação?


É óbvio que todas essas possibilidades são muito atraentes para montar uma apresentação. Eu posso escolher qualquer música, vestir uma roupa não tradicional, usar um, dois, três instrumentos na mesma coreografia! Mas essa sensação vai cansando, porque a cada apresentação parece que precisa de mais e mais, e onde a dança vai parar? Sobra tempo para trabalhar o quadril, um bracinho, expressão? Na minha opinião fica bem difícil. E se a música é curta, fica mais difícil; se a música é longa, fica cansativo pelo excesso (agora estou opinando como espectadora).


O que eu tenho medo é de que nessa busca incessante por inovação, por um diferencial, a dança do ventre deixe de ser DO VENTRE e seja só uma performance, que seja algo para encher os olhos de outros e só.


Eu estava assistindo uns vídeos no youtube, e vi muitas coisas chamadas 'dança do ventre', mas vi muito espetáculo, e pouca dança mesmo. Muitas apresentações parecem mais apropriadas para um circo, por exemplo. E não estou sendo sarcástica, nem maldosa, foi isso que eu pensei mesmo! Shows com um grande trabalho de luzes, piruetas, malabares, até bonitos, mas que lembram muito mais apresentações circenses. Então é só ter algum movimento de quadril que é dança do ventre?


Vale deixar claro mais uma vez que não estou questionando inovações na dança em geral; em termos de espetáculo, existe muita coisa bonita, diferente, que chama bastante a atenção, só não estou certa se deveriam ser chamados de shows ou espetáculos de dança do ventre. E aqueles que são assim chamados, qual o efeito sobre a imagem da dança do ventre para um público leigo? Acho que dança do ventre é uma performance, mas nem toda performance é dança do ventre. Mas e aí, onde estão os limites?


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Alegrias da dança!

Dani, eu e Josi

Tive mais uma apresentação dia 15 de março. Dessa vez, deu tudo certo!!! Ufa, foi tudo bem. A roupa deu certinho (confeccionada por nós mesmas), sem arranjos nem surpresas de última hora, todas ensaiadíssimas e seguras. Grupo entrosado, delícia de apresentação. Claro que se eu ficar assistindo muito, já começo a ver um monte de defeitos em mim (chata de galochas!), por exemplo, não gostei dos meus braços, mas o momento foi fantástico! Ficou bonito e nós saímos felizes do palco. Coloco aqui o vídeo (com a permissão de todas as meninas), porque foi um momento bom, vale a pena compartilhar com vocês. A qualidade dos vídeos não está lá essas coisas, mas quebra um galho.

Ordem das meninas na entrada (da esquerda para direita): Dani, Ilka, Eu, Josi (minha cunhada, estilista do grupo e companheira de dança – juntas desde o início!!!). No final estamos (da esq. pra dir. de novo) Josi, Ilka, Dani e eu.



Depois da apresentação do grupo, coooorre pra trocar de roupa e apresentar o solo. Minha cunhada e minha amiga Dani dançaram um Meleah-Laff que ficou um charme. Elas estavam sensuais, delicadas e entrosadas. Pena que eu não pude assistir ao vivo. Só vi um ensaio e depois no vídeo, mas elas arrasaram. Com as devidas permissões, também coloco a apresentação delas aqui. Com vocês, Dani e Josi!



Também dancei meu said – finalmente! – depois de meses de ensaios, correria com o vestido que não ficava pronto e todo o nervosismo, dancei, curti e todo o nervoso valeu a pena. Minha mão tava suando tanto antes de entrar no palco que fiquei com medo do bastão escorregar, mas na hora nem lembrei disso (ainda bem!). Deixei tudo isso pra trás e aproveitei cada segundo no palco. E o bastão não saiu voando, rsrs.

Esse é o said que eu pretendo apresentar em algum concurso, só que a coreografia vai ser aumentada, porque em concurso eu tenho um tempo maior para apresentação. Como eu gostei muito de criar essa coreografia e me senti bem dançando, acho que pode ser uma escolha interessante, porque além de ser um pouco diferente, não quero abandonar meu said! Pelo menos não por enquanto, ainda quero dançá-lo algumas vezes, nem que seja pra família, pros amigos, rsrs.

Ah, no final minha saia levanta bastante, mas fiquem tranquilas que eu estava de shortinho. Mas, por via das dúvidas e para evitar problemas, para apresentações futuras vou repensar esse final.

Taí, meu said!



Foi um domingo mágico, com ótimas apresentações e um clima de "quero mais" pra todas nós da turma. E é assim que tem que ser, muito estudo na sala de aula, corre-corre nos bastidores, mas no palco, é dançar e se divertir. Se não for assim, não há sentido em dançar.


E valeu mais uma vez pela força de todas vocês!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Volteeeeei!!!


É horrível ficar sem internet. Quando é um dia só, ou até dois, tudo bem, mas fiquei mais de uma semana, e a situação ainda não está totalmente resolvida, mas pelo menos já posso 'voltar a brincar'. Por outro lado, como fiquei sem internet, sem tv a cabo e telefone, pude dedicar mais tempo a outras coisas que ficavam um pouco deixadas pra segundo plano, e foi bom. Eu estou muito acostumada a estudar a parte mais teórica da dança pela internet e também assisto a muitos vídeos. Isso não pude fazer nestes dias, mas aproveitei pra treinar mais, trabalhar nas coreografias dos concursos e mostras dos quais vou participar, e ouvir melhor certas músicas. É engraçado como parece que meu ouvido 'se acomodou' depois de um tempo. Sabe aqueles exercícios de identificar a mudança de ritmos, de saber qual o ritmo que está tocando, coisas que eu já tinha aprendido a fazer há um tempo, mas acabei deixando de lado, e 'desaprendi'. Ah, também aproveitei pra ouvir bastante jazz – amo! – e colocar minhas leituras em dia (quer dizer, não tão em dia assim, mas dei uma adiantada, rsrs).


Outra coisa que aconteceu que acho que vale a pena compartilhar. Eu machuquei um pouco feio o dedo do pé esquerdo, e, consequentemente, fiquei sem poder dançar uns 4 dias. Pra mim, foi a morte!!! Maaaas, como boa nerd que sou, tentei buscar uma forma de poder treinar sem me prejudicar. Então comecei a treinar braços. É estranho que, pelo menos pra mim, os braços na dança pareciam sempre um pouco 'desligados' do restante. Sempre foi um desafio fazer com que a posição e o movimento deles ficasse leve, fluido e o mais natural possível. Mas, eis que quando fui treinar braços sem quadril, nem giros, nem nada, foi muito difícil. O resto do corpo simplesmente ia junto! Foi um desafio e tanto, mas pretendo repetir, mesmo sem estar machucada, porque foi algo diferente, e acho que me ajudou a colocar melhor os braços na dança.


Falando assim nem parece que estou falando de um corpo normal, de um todo, e sim de um brinquedo de encaixe ou um robô. Mas isso mostra o quanto não temos consciência do próprio corpo até termos que 'pensar' em cada parte isoladamente. E pessoalmente, A-DO-RO braços e mãos. Acho que é o que mais me chama atenção na dança. É um elemento que eu admiro muito na dança tribal norte-americana e na dança flamenca. Os braços são como uma moldura para a bailarina, e também podem ser as 'palavras' na dança; acho que as possibilidades são muitas, e isso me fascina. E também tem o fato de eu ser de família italiana, rsrs, as mãos me ajudam a me expressar diariamente.


Eva Yerbabuena


Fiz uma miscelânea neste post, mas aos poucos vou pegando o jeito de novo, rsrs. Ah sim, e viva o mundo virtual!